segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Testemunho




Hoje estou com 27 anos,  e tenho um linda família, eu minha esposa Nathalie e meu filho Davi de 4 anos.
Mas nem sempre foi assim,  aos meus 16 anos perdi minha mãe, mulher corajosa, forte e batalhadora, até agora não conheci ninguém assim, principal base de referência na minha vida,  aos 19 anos veio comigo nos braços quando eu ainda tinha 4 meses de nascido. Viajou do Maranhão para o Rio de Janeiro para morar de favor na casa da minha Tia, sua irmã, isso após ter sido renegada por meu Pai.  Ela mesma quando nova já tinha sido adotada pela tia dela, pois sua família não tinha condições de cria-la. Essa família que atualmente é a minha herança familiar, pessoas que considero e amo.
Aos meus 17 anos de idade fui  ao maranhão conhecer um pouco da minha história, mas infelizmente quando voltei para o Rio minha mãe que já estava doente,piorou e faleceu.
Mesmo tendo pessoas que me amavam ao meu lado me deixei seguir por caminhos ruins, com a desculpa da perda, não tive forças para me reerguer e me viciei muito facilmente em cocaína, maconha, cigarro, álcool e as vezes até o crack. Foram quase 6 anos de vício.
Nesse período estive em vários lugares, conheci muitas pessoas, no entanto, conheci uma em especial, minha esposa. Acredito que esse foi o início da minha aproximação com Deus.  Mesmo nós dois ainda muito perdidos, eu pelo menos não estava mais sozinho e sozinho eu nunca ia sair dessa, aliás, ninguém sai de uma situação sem ajuda. Ela me deu um filhão, Davi, 4 anos hoje, meu maior presente, uma das minhas maiores motivações para seguir em frente. Ser um Pai que nunca tive, construir uma família completa.
Essa mesma família que eu gostaria de edificar, ao nascer Davi, eu ainda era um viciado, era preciso algo ainda mais forte e poderoso, algo que venceria até mesmo a minha fraqueza humana, que faria eu vencer a maior barreira da minha vida “a Droga”.
Após o falecimento da minha mãe, comecei me viciar, e aos poucos fui me afundado cada vez mais, e alguns anos foram passando
Ao lado da minha casa nesse mesmo quintal, havia uma tia e um primo evangélicos.
Certo dia, uma quarta-feira, o meu primo Mauricio me convidou para uma célula, foi uma dia muito esquisito, quando eu entrei tive a impressão que todos estavam me olhando e me julgando e nem tinha tantas pessoas assim, tudo fruto da minha imaginação que precisava ser curado.
Este  primo que me convidou, antes de entrar na igreja, cheirava , fumava, batia na mulher, tinha uma vida completamente errada após entrar na igreja tinha parado de fazer tudo aquilo, porque ela diria algo tão rigoroso neste sentido. Ele me fez o maior convite que já recebi em toda minha vida! Então ele disse,  “ e aí varão vamos na igreja domingo”, eu ainda tímido disse “ sim”.
Foi a maior experiência da minha vida, lembro que quando entrei vi tudo aquilo claro, no sentido espiritual lógico, as pessoas me abraçavam, me cumprimentavam, me davam palavras de incentivos sem nem mesmo nunca terem me visto.
O louvor começou, e não teve jeito, as lágrimas desceram. Eu que achava que homem não chorava, já não consegui me conter, meu primo e sua esposa olhavam para mim e riam porque eles entendiam o que estava acontecendo.
O Apostolo de púlpito fez naquela noite um convite muito importante, perguntou se aqueles que estavam ali gostariam de ser “SOLDADOS DE CRISTO NA TERRA”, pediu que todos tirassem seus sapatos e fossem descalços que ele ungiria os pés de todos os soldados naquela noite, eu tirei o tênis e fui ao seu encontro e até hoje calço as sandálias do evangelho para honra e glória do Senhor Jesus Cristo.

Hoje eu e minha casa servimos ao Senhor!


a paz 

Daniel Sales

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